Não termina
Este olhar sem graça, alheio
Que me discrimina
Este meu pseudo acesso
Sempre tão restrito
Este estar calado sempre
Que me oculta o grito
Este parco antigo sonho
Já puído e gasto
Este meu buscar
Do que me afasto
Este quase-conseguir
Que tanto me atormenta
Este mundo comezinho
Que ninguém aguenta
Este ser angustiado
Que me mora
Este quando que virá, virá
Mas não agora
Esta imensa dor
De ser e não saber quem sou
Este mundo falso
Que criei pra ser feliz
E onde não estou.
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