Às
13 e 30 de hoje o sol amarelou Itapeva novamente
Fachadas
de construções geométricas tentavam arranhar o azul do céu
Olhares
verdes, castanhos e assemelhados cumprimentavam-se discretamente em meio à
algazarra cotidiana, enquanto o advogado de terno marrom derramava seu suor
mais em nome do status do que da justiça
Bolas
de sorvete verdes, cor de rosa e bege nasciam na imaginação da garotinha que
admirava de longe a vitrine da sorveteria, que sabores teriam?
Sorrisos
amarelos me ofereciam roupas por detrás das gondolas das lojas de departamento
Funcionários
brancos passavam ao par de catadores de material reciclável marrons, que carregavam
carrinhos lotados de documentos com importância pretérita
Um
mendigo insistia em descolorir as ilusões de felicidade coletiva
Às
13 e 30 de hoje em Itapeva todas as cores saíram para tomar sol.
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