Antes do inaudível grito
Grito
Depois persisto suspenso em tecitura curva
Da carne sua saborosa
Suspenso e absurdo grito
Sob galhos de figueira fronda
Entre fragmentos de vida abrasadora
Me estilhaço em brancuras diluídas
E mastigo pomos do desejo
Abaixo
Nossos corpos se dissolvem
Em vis volúpias desveladas
Sobre a relva fresca
Acima
Nuvens cantam canções visuais
A luz do sol explode
Em nossos rostos retesos e repletos
Em nossos corpos curvos e retos
E bocas deglutem essências carnais
Com mordeduras supranaturais
Enquanto um sorriso abafado pende
(Grito proscrito)
Inaudível da figueira fronda.
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