Eu engulo o
hoje requentado, com gosto de ontem frio e ovo frito.
Absinto-me
ausente.
Visto
desespero marrom por trás do sorriso amarelo e dos óculos escuros.
Meus olhos
anunciam o fim de alguma coisa.
E alguma
coisa anuncia liquidação de produtos e pessoas.
Nas
esquinas.
Leio os
jornais de ontem e finjo espanto amanhã.
Mas ainda
espero que batam-me à porta
E me
surpreendam ganhador de alguma promoção maluca
Em que me
deem de presente um relógio cuco ou uma galinha que prediz o tempo.
Vivo a
conta-gotas e suspiro pelos amores sinceros da novela das oito.
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