segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eu quero ser um vale

Eu quero ser um vale
Que se estenda longamente
Aos pés de íngremes montanhas

Oculto do verde das árvores
Dos pássaros canoros e das flores

Abrigo de animais perdidos
Árvores secas
E aves que não cantem

Abrigo de sombras
Em que nasçam e morram
Mistérios intocados

Distante de todo e qualquer ser humano
Tão distante
Que nem mesmo a imaginação confusa
De um tolo poeta
Possa me encontrar.

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