sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Consumismo


Não faz parte de mim
Dizer verdades
As mentiras são bem mais atraentes

Nem faz parte de mim
Celeridades
São inúteis as coisas mais urgentes

Não reclamo
As partes importantes
Me contentam as sobras, as migalhas

Nem censuro
Formas aberrantes
Sobrevivo às minhas próprias falhas

Não requeiro louros
Nem coroas
Minhas glórias não têm valor real

Nem possuo dileção
Por cousas boas
Não consigo distinguir o bem do mal

Não sustento em mãos
Brasões nem estandartes
Sou bastardo pela própria natureza

Nem congrego dons
Das nobres artes
Não possuo nem dinheiro e nem beleza

Não me julgo
Vítima ou algoz
Nem questiono cousa consumada

Não reclamo
Por buscar o meu destino a sós

Mas caminharei...
Enquanto houver estrada.





Nenhum comentário:

Postar um comentário