segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Indescrição

Não sei como te descrever
Pois os meus olhos não te veem
Como você é

Em nenhuma
Das vezes em que eu te vi
Você era o que realmente é
E ainda assim eu te amei
Perdidamente
Em todas elas

Não consigo te definir, portanto

Não sei se é corajosa,
Covarde, imponente,
Impetuosa, esquiva,
Concreta ou abstrata

Não sei se diz o que realmente pensa
Ou se tenta me despistar
Pensando coisas
Diversas do que diz pensar

Não sei se os seus olhos fugidios
Realmente existem
Se os seus cabelos revoltosos
Exprimem verdadeiramente
As turbulentas disposições do seu espírito
Se é que são assim

Não sei para onde você vai
Ou de onde vem
Ou se eu irei junto
Quando e aonde você for

Não sei se finalmente irei te encontrar
Pra sempre
Ao te encontrar um dia

Não, nada disso sei...

Mas sei
Que tudo que não é você
Não é importante.

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