quarta-feira, 27 de abril de 2011

Asas

Muitos amores são belos
Poucos são de verdade
O meu são as asas da ave

A tarde chora seus filhos
Velhos homens de olhos novos
Nos bancos das praças
Alimentam pombos

Pombos têm asas
Homens têm seus sonhos

Asas compôem canções pelo espaço
Sonhos as compõem pelo infinito

Homens de asas infinitas
Esbugalham pão com os polegares
Amam, sonham e alimentam pombos

Aves voam as canções da tarde
E tudo são aves nas canções da tarde

Ela que chora seus filhos
Belos amores
Poucos de verdade

O meu são as suas asas
Que me compõem no infinito
Verso
Das canções da tarde.

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