terça-feira, 12 de abril de 2011

Meu diálogo com Drummond

Eu - Ah, Carlos, estou apaixonado?

Carlos - Se você não consegue trabalhar o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
- Se você não consegue imaginar de maneira nenhuma
um futuro sem a pessoa ao seu lado...
- Se você tiver certeza de que vai ver a outra envelhecendo,
e mesmo assim tiver a convicção
de que vai continuar sendo louco por ela...
- Se você preferir "fechar os olhos" antes de ver a outra partindo:
é o amor que chegou à sua vida.

Eu - Sim, Carlos, assim, exatamente assim que me sinto!
- Mas como provar a ela que todas as belas canções
que eu ouço falam sobre ela? Que todo momento sem ela
é-me um momento vazio? Que todo futuro feliz em que me imagino
é um futuro ao lado dela?

Carlos - Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.
Ou querer entender a resposta.

- Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

- Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

- Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

- Falar é completamente fácil, quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.

- Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Eu - Você realmente me entende!

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