terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Desta vez

Desta vez não se aborreça comigo
Por eu não estar presente o tempo todo
Por faltar-me sempre coerência
Por eu me mentir e me aceitar mentira
Por não ter te dado céus e luas!

Não se ofenda se às vezes pareço distante, alheio
Por faltarem-me certezas acerca das coisas e da vida
por eu parecer fraco, por ser fraco
Por me recusar às bengalas sociais e morais o tempo todo
Acho que prefiro mancar dignamente

Não tome como insulto a minha ausência em minha própria vida
Eu nunca estou quando precisa
Nem quando eu preciso estou! Eu nunca estou...

Não me julgue mal por eu não saber todas as respostas
Nem por eu não saber o caminho e estar perdido
É que os fatos da vida não possuem mapas

Não se zangue se te perco às vezes, se te esqueço às vezes
Nos lugares
São tantos os lugares onde não estamos juntos

Não se amargure
Pelo meu olhar confuso, meu sorriso triste
Pela angústia que adorna meu rosto
Por meus beijos insípidos e sem cor

Não vá embora!
Bata novamente em meu peito oco por favor
Quem sabe alguém atenda desta vez...

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