terça-feira, 29 de janeiro de 2013

(...)(.)




Vc vai sentir pena de mim?
Não há motivos...nem sentido em ler este poema agora
É só o teclado declamando poemas futuristas enquanto teclo
Todas as possibilidades são válidas...
E o mundo é uma grande esquina redonda
As pessoas são especialistas em lavar as mãos
Chego na padaria e peço uma metáfora bem quentinha
Com biscoitos, pra viagem
Não, não...aquela do canto, com cara de tarde de outono
Corto os pulsos dos meus versos suicidas
As ruas engolem meus passos a seco
As pontes são absurdos arquitetônicos
Deus deve estar catando estrelas recicláveis
As pessoas são recicláveis...
Aquele homem dorme sob os jornais que falam da miséria no país
As letras são miseráveis e aquecem
As pessoas são miseráveis e esquecem
Há sempre um silêncio preso na garganta

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